A Polícia Civil do Piauí finalizou o inquérito sobre o homicídio de Maria Luísa da Silva Oliveira, ocorrido em 15 de julho deste ano no bairro Matinha, zona Norte de Teresina. A investigação revelou que o disparo que atingiu o rosto da vítima foi efetuado de longa distância, contradizendo a versão fornecida pelo principal suspeito do crime, seu namorado Dilberto Vieira da Silva, de 23 anos. A principio o homem alegou que o tiro foi acidental, afirmando que a vítima estava tentando tirar a própria vida e que ele teria tentado tirar o revólver calibre 38 de suas mãos quando o disparo ocorreu.
De acordo com a delegada Nathália Figueiredo era necessário obter provas técnicas para confirmar ou refutar a tese apresentada pelo autor, o que foi alcançado por meio de um laudo policial complementar.
“O médico legista concluiu que o tiro foi disparado de longa distância, pois o corpo da vítima não apresentava os efeitos secundários típicos de um disparo a curta distância, como chamuscamento na região do supercílio. Se o disparo tivesse ocorrido conforme relatado pelo autor, esses efeitos estariam presentes. Assim, o perito descartou a possibilidade de o incidente ter ocorrido conforme a versão do autor. Diante do fato, a polícia indiciou o mesmo por homicídio com três qualificadoras”, pontuou a delegada.
Na casa do investigado foram encontradas drogas e uma balança de precisão. Testemunhas relataram que no local funcionava um ponto de venda de entorpecentes e que o casal tinham um relacionamento abusivo. No dia do crime, a vítima teria programado uma saída com as amigas e isso causou um desentendimento.
O crime
Uma jovem, identificada como Maria Luiza da Silva Oliveira, 19 anos, veio a óbito, no dia 15 de julho deste ano, após ter sido alvejada com disparo de arma de fogo na região do rosto, dentro de uma kitnet no bairro Matinha, zona Norte de Teresina. Ela chegou a ser socorrida por vizinhos para o hospital do Matadouro, mas não resistiu. Dilberto Vieira da Silva, principal suspeito de matar a namorada se entregou à polícia na companhia de um advogado no dia 17 de julho.
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