de Segurança Pública do Estado do Piauí, lançou nesta quarta-feira (06), dois novos projetos para aprimorar a segurança e a privacidade de dados na área pública: o “Lupa App” e a tecnologia de reconhecimento facial.
As iniciativas foram apresentadas durante o Workshop “LGPD e Segurança Pública: Conectando Privacidade e Eficiência”, que reúne profissionais para discutir o uso responsável e ético de tecnologias avançadas, respeitando os direitos fundamentais e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Durante todo evento estão sendo abordados temas, como práticas antidiscriminatórias, transparência algorítmica, e a importância da ética e dos cuidados com os riscos ao aplicar soluções tecnológicas no âmbito da segurança pública.
O secretário de Segurança Pública, Chico Lucas, destacou a importância de debater com a sociedade o uso da tecnologia na segurança pública, enfatizando a necessidade de transparência no uso dos dados dos cidadãos para garantir que não se viole sua privacidade.
“Esse debate é muito importante, por isso estamos fazendo tudo de forma transparente. Precisamos entender onde está o limite entre segurança e privacidade, até onde podemos usar a tecnologia para prender criminosos e resolver crimes sem invadir a privacidade das pessoas. Por vivermos em um estado de direito, estamos convidando a academia, a sociedade e a imprensa para discutir o uso da tecnologia e os limites que ela impõe aos direitos individuais, sem deixar de considerar os avanços, como a inteligência artificial”, pontuou o gestor.
Chico Lucas destacou que nos últimos dois anos, a tecnologia tem sido uma grande aliada no combate à criminalidade, especialmente na recuperação de celulares. Atualmente, o foco está na implementação do projeto “Lupa App” para veículos, que realiza a leitura de placas, e na tecnologia de reconhecimento facial.
“O reconhecimento facial foi desenvolvido no Piauí, com um algoritmo treinado com as características faciais dos piauienses, já possuindo 800 mil faces cadastradas na base de identidade. Esse avanço proporciona um reconhecimento mais preciso, o que é fundamental para a eficácia na segurança pública do estado”, explicou o secretário.
Para o governador do Estado do Piauí, Rafael Fonteles, a utilização da tecnologia no serviço público é uma marca importante de sua gestão, com o objetivo de garantir mais eficiência nos processos e na entrega de serviços à população.
“Essa transformação também representa um exemplo de como a discussão pública deve ser aberta, permitindo que mais pessoas opinem e participem das decisões, sempre respeitando os princípios da ética e a proteção da privacidade dos dados, conforme estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados”, enfatizou o Governador.
O Coordenador do Núcleo do Projeto de Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (UFPI), professor Éfren Cordão, afirmou que o projeto fortalece a pesquisa local. “Voltamos nossos olhares para enfrentar os problemas que nos cercam, que são exatamente os impactos das novas tecnologias na segurança pública, sobretudo no que diz respeito à inteligência artificial e no aspecto da lei geral de proteção de dados”, finalizou
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